sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Terrores nocturnos e pesadelos

Esta noite tivemos mais do mesmo. Às 3 da manha, gritos e desespero, estava mesmo assustado. Acabou por voltar para a nossa cama... Mas a partir de amanha o berço volta para o quarto dele e vamos tentar seguir os seguintes conselhos:


Os terrores nocturnos são comuns nas crianças entre os 2 e os 5 anos. Raramente se relacionam com objectos ou acontecimentos, mas sim com o medo de perder a mãe, do esquecimento do pai, medo do escuro, de alturas, de animais ferozes, de ladrões maus, de crianças agressivas, etc.

Nesta idade, as crianças lutam para distinguir o real do imaginário. O sentimento de medo é real, por mais absurdo e fantástico que lhe possa parecer. Deve-se, por isso, evitar a minimização dos seus sentimentos.

Para transmitir segurança ao seu filho não se deve mostrar ansioso e tal só é possível se estiver consciente que estas situações são perfeitamente normais. Segundo o pediatra T. Berry Brazelton, o medo surge quando a criança toma consciência dos seus próprios sentimentos 'agressivos' e da sua capacidade de ser 'má'.

Seguem-se algumas sugestões que poderá seguir nestas situações:

1. Acenda a luz.

2. Conforte-o, abraçando-o.

3. Ouça os seus receios com atenção.

4. Respeite-os, porque o medo que sente é real.

5. Uma explicação honesta não valerá a pena.

6. Diga-lhe que os pais estão no quarto mesmo ao lado e que não irão permitir que algo lhe aconteça.

7. Dê-lhe a oportunidade de enfrentar e resolver os seus problemas sozinho, com os seu próprios recursos.

8. Ofereça-lhe um objecto de conforto, como, por exemplo, o seu peluche preferido ou deixe uma luz de presença acesa.

9. Não se recomendam atitudes de superprotecção, uma vez que poderão prolongar o medo.

10. Durante o dia, sempre que se proporcionar, tente abordar o assunto.

11. Procurem encontrar soluções em conjunto para enfrentar o medo:
- Antes de dormir, dê-lhe um beijo especial, com "poder de afugentar os maus";
- Pegue na vassoura e "varra" para fora do quarto os medos;
- Compre um peluche que seja "um poderoso guardião do quarto"';
- Espalhe umas gotas de um "perfume mágico" que tornarão o quarto impenetrável;
- Espreite debaixo da cama e o interior dos armários para demonstrar que estão vazios.

12. Outra opção – que resulta mais frequentemente – é não a acordar e, pelo contrário, reencaminhá-la para o sono, «reescrevendo» o guião do filme. Dizendo, por exemplo, «e depois veio o Noddy e o Ruca (ou qualquer outro herói do momento), e mais o teu ursinho, e então os maus foram embora e foram todos fazer um grande ó-ó porque estavam muito cansados e foi muito bom».
Tudo isto dito em voz «off», calma e tranquila, ajeitando a criança na cama e transformando esse momento de completa disrupção numa reorganização corporal e mental. Passado um bocadinho a criança está a dormir."

Se os sintomas persistirem e se não conseguir ajudar o seu filho, será aconselhável que procure a ajuda de um psicólogo ou de um pedopsiquiatra.


in Educare

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